O governo dos Estados Unidos planeja desenvolver uma versão moderna da bomba nuclear usada em Hiroshima, no final da Segunda Guerra Mundial. Chamada de B61-13, a arma depende de aprovação do Congresso norte-americano e é mais de 20 vezes mais destrutiva do que a original, que matou 140 mil pessoas no Japão.
B61-13: a nova bomba nuclear
- De acordo com o comunicado do Pentágono, a B61-13 é uma bomba gravitacional projetada para ser solta por uma aeronave.
- Ela dará capacidade ao exército dos Estados Unidos para atingir alvos militares “maiores e mais difíceis”.
- O Departamento de Defesa dos EUA afirmou que, embora represente “flexibilidade adicional” ao país, a produção da nova bomba não aumentará o número total de armas do arsenal nuclear, já que substituirá alguns dos B61-7 já existentes.
- As informações são do Estadão.
Anúncio da nova arma gerou reações
Após o anúncio da Casa Branca, a Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (Ican) demonstrou preocupação e descreveu o projeto do novo armamento como “uma escalada irresponsável”.
Anunciar esses planos em meio a conflitos na Europa e no Oriente Médio, nos quais participam países com armas nucleares, é um ato arrogante frente aos esforços para que essas armas de destruição massivas não fossem usadas.
Em comunicado, o governo dos Estados Unidos afirmou que a iniciativa segue “meses de revisão e de consideração” e que a nova arma não é uma resposta “a nenhum evento atual em específico”.
O anúncio reflete um ambiente de segurança em mudança e ameaças crescentes de adversários potenciais. Os Estados Unidos têm a responsabilidade de continuar avaliando e colocar em prática as capacidades que precisamos para dissuadir de forma crível e, se necessário, responder a ataques estratégicos, e assegurar os nossos aliados.
A decisão de construir o B61-13 possibilitará que o Pentágono aposente o B83-1, a última arma com capacidade de megatons no arsenal dos EUA que estava programada para ser aposentada no governo de Barack Obama. No entanto, o governo de Donald Trump defendeu que a arma ainda era necessária e deveria ser mantida, e a administração de Joe Biden, por sua vez, tomou como missão substituir o armamento.