07 de fevereiro: Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas

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Em 07 de fevereiro, comemora-se o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas. A data marca o falecimento do nativo Sepé Tiaraju, no ano de 1756, do povo Guarani, uma importante liderança indígena pertencente aos Sete Povos das Missões. Criado a partir da Lei n° 11.696, de 2008, o dia busca dar visibilidade aos debates a respeito de pautas importantes dos povos originários.

Responsáveis pela criação da identidade brasileira, os povos indígenas carregam relevantes elementos culturais, étnicos e, também, turísticos em nosso país. A realização, por parte desta população, de iniciativas que aliam o turismo ao resgate da cultura indígena, à preservação do meio ambiente e à geração de renda para as comunidades tem sido cada vez mais comuns no país.

Pensando nisso, o Ministério do Turismo separou dicas de roteiros turísticos que contemplam o ecoturismo e o etnoturismo por todo país. Confira!

Tenondé Porã – Uma comunidade com 7 aldeias, situada no extremo sul da cidade de São Paulo (SP). Por lá, o turismo sustentável e o turismo de base comunitária são utilizados como forma de valorização e fortalecimento cultural, dissolução de preconceitos e preservação das matas. Seguindo estas premissas, o roteiro oferta aos visitantes a rotina da aldeia indígena com mutirões agroecológicos, entre outras atividades. Além disso, o destino possui diversos atrativos naturais e trilhas ao longo de seu território, a exemplo do rio Capivari, principal curso d’água que atravessa as terras indígenas locais. São aproximadamente 16 quilômetros de percurso, repleto de cachoeiras, corredeiras e áreas de remanso.

Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira – Situada a cerca de 10 km do centro da cidade de Porto Seguro (BA), a reserva é composta por mais de 30 famílias. O atrativo é um prato cheio para quem gosta de viagens regenerativas, permitindo contato com a natureza e a cultura local. Entre as atividades possíveis aos turistas estão caminhada pela Mata Atlântica; demonstração de tipos de armadilhas usadas para captura de pequenos animais; arremesso de arco e flecha; ritual de confraternização com música e dança e, finalmente, a degustação de peixe assado na folha de patioba. Nos passeios com pernoites são incluídos banhos de rio, oficinas de artesanato e luau.

Parque Nacional do Xingu – Os visitantes também podem encontrar atividades turísticas em terras indígenas no Centro-Oeste do país. O Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, é um excelente destino para isso. O local abriga 15 tribos e quatro grupos linguísticos, reunindo crenças, rituais e cerimônias que são ótimas experiências. Destacam-se, por exemplo, a aldeia dos Waurá e Trumai, que recebem os turistas com danças típicas dessas etnias, além das histórias/lendas indígenas e, claro, do cotidiano das aldeias que vivem ao sul da nossa rica Floresta Amazônica. É ou não é imperdível?

PROJETO EXPERIÊNCIAS DO BRASIL ORIGINAL – Realizado pelo Ministério do Turismo em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), o Projeto Experiências do Brasil Original busca dar visibilidade aos importantes biomas brasileiros do Cerrado e da Amazônia. Além de expandir os debates sobre a valorização dos povos originários brasileiros e do turismo étnico e comunitário, a iniciativa destaca, sobretudo, a história e a cultura, a partir da oferta turística. Nesta edição do projeto, foram selecionadas quatro comunidades: duas indígenas, no Pará e em Roraima, e duas quilombolas, no Pará e Goiás. Saiba mais a seguir:

Borari – Na Comunidade Indígena Borari, em Alter do Chão, no Pará, os visitantes são convidados a fazerem um “Mergulho Ancestral com as Suraras do Tapajós”, em uma imersão na cultura Tapajônica e tendo como anfitriãs as mulheres indígenas Borari. São elas que apresentam a história de luta e resistência desse povo, compartilhando saberes étnicos e ancestrais, por meio da contação de histórias, música e dança indígena. A visita também inclui a experiência do pirarimbo, o fantástico passeio Caboco, a dormida na floresta e o passeio na trilha da reserva Botânica Kuxiimawara Rêdá.

Raposa 1 – Em Roraima, na Comunidade Indígena Raposa Serra do Sol I, quem chega por lá pode conhecer a paisagem da localidade e se conectar com a natureza durante um banho de cachoeira na “Trilha Cultural da Cachoeira da Raposa”. Outra atividade é a “Imersão cultural no sagrado território Raposa Serra Sol”, onde os turistas têm a oportunidade de praticar a tradicional atividade Macuxi do arco e flecha, acompanhar a dança Parixara, participar da arte de fazer panelas de barro com as indígenas anciãs, escutar suas histórias ou, ainda, fazer a “Caminhada à Serra do Arco-Íris” para ver o pôr sol.

Quilombo África/Laranjituba – Partindo para o Quilombo África/Laranjituba, em Moju (PA), uma opção imperdível é a “Cultura do açaí: da extração à degustação”, uma experiência única para conhecer as delícias da fruta. Outra opção fica por conta da “Visita à casa de farinha Laranjituba e África: sabor e tradição”, onde se pode conhecer o espaço e ver de perto o processo de produção das farinhas à base de mandioca.

Povoado do Moinho – Na comunidade Quilombola do Povoado do Moinho, em Alto Paraíso (GO), os visitantes são inseridos nas fascinantes histórias da “Confecção das bonecas quilombolas”, contemplando cada etapa do processo de confecção, desde a elaboração do corpo até a criação de roupas, cabelos e rostos. Além disso, é possível degustar um delicioso café da manhã ouvindo histórias da Dona Irany sobre a sua família e o Quilombo Moinho, com o “Café da manhã com prosa na varanda”.

Por: Ministério do Turismo