Ao decidir editar uma MP para abrir o setor de transporte rodoviário de passageiros interestaduais no Brasil com o anúncio de medidas que abrem completamente esse mercado, dando ao segmento rodoviário o mesmo tratamento vigente no setor aéreo, o governo comprou uma briga com 220 empresas do setor.
Para esse mercado, o governo deu demonstração de desconhecimento de um setor que transporta 50 milhões de passageiros por ano. “Querer dar tratamento isonômico entre um segmento que opera com cerca de 220 empresas e outro onde atuam somente três empresas — que não transportam gratuidades nem pagam ICMS — em cenários econômicos e regulatórios totalmente diferentes é inadmissível”, diz um representante do setor.
Somente no ano passado o setor concedeu 13.300 gratuidades por dia, beneficiando idosos, jovens carentes e portadores de necessidades especiais.