O governo da França decidiu no domingo (24.mar.2024) elevar o alerta de terrorismo do país ao nível máximo. A medida é em reação a um ataque a tiros a uma casa de shows em Moscou, na 6ª feira (22.mar). Reivindicado pelo Estado Islâmico, o incidente deixou 137 mortos e 152 feridos.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Gabriel Attal, logo depois de uma reunião do Conselho de Defesa e Segurança Nacional, convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
“Dada a reivindicação de responsabilidade do Estado Islâmico pelo ataque e as ameaças que pesam sobre o nosso país, decidimos elevar o plano Vigipirate ao seu nível mais alto: ataque de emergência”, escreveu Attal em post no X (antigo Twitter). …
O plano Vigipirate é um instrumento permanente de vigilância e prevenção ao terrorismo. O sistema tem 3 níveis. Em janeiro, havia sido reduzido para o nível 2: segurança reforçada – risco de atentado.
O patamar mais alto de alerta é ativado depois de um ataque terrorista na França ou no exterior, que leve o país a considerar que está sob ameaça. A medida coloca medidas excepcionais em prática, como o patrulhamento intensivo de locais públicos.
ATAQUE EM MOSCOU
Um ataque a tiros à casa de shows Crocus City Hall, em Moscou, na 6ª feira (22.mar), deixou 137 mortos e 152 feridos. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. Até a manhã desta 2ª feira (25.mar), 11 suspeitos foram presos pelas autoridades russas, incluindo os 4 atiradores.
Em discurso em rede nacional no sábado (23.mar), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que os suspeitos do ataque foram capturados quando tentavam fugir para a Ucrânia. Kiev negou qualquer envolvimento.