A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos (EUA), aprovou um remédio que ajuda a retardar a progressão da doença de Alzheimer precoce.
O Donanemab, que será vendido sob o nome de Kinsula, é fabricado pela Eli Lilly. A droga atua diretamente para remover o acúmulo de placas beta-amiloides no cérebro das pessoas com estágio inicial da doença, como mostrou o Só Notícia Boa.
O medicamento é aplicado via injeção e em estudos clínicos, o Kinsula se mostrou eficaz em retardar o declínio cognitivo e funcional em até 35%.
Eficácia comprovada
A droga é administrada como uma infusão intravenosa a cada quatro semanas.
Segundo a Eli Lilly, em ensaios clínicos, pacientes que receberam o Kinsula conseguiram reduzir em 61% as placas amiloides, durante seis meses de tratamento.
O número aumenta para 80% aos 12 meses e 84% aos 18.
Em um estudo duplo-cego realizado, controlado por placebo, o grupo que recebeu o medicamento apresentou uma redução do declínio cognitivo de 35%, ao final dos 18 meses de tratamento.
Os casos raros de efeitos adversos foram notados em 2% dos pacientes.
Preço assusta
Apesar da notícia boa, o preço do medicamento assusta. Segundo a farmacêutica, o Kinsula vai custar US$ 695 (aproximadamente R$ 3,94 mil) por frasco.
Assim, o custo para o tratamento de seis meses fica em US$ 12 mil (aproximadamente R$ 71 mil).
Já para o tratamento de um mês, o valor sobe para US$ 32 mil (R$ 181 mil).
Aprovação de nota técnica
No início de junho, o Donanemab já havia sido aprovado por um grupo de especialistas independentes da FDA.
Na época, entidades ligadas ao Alzheimer nos Estados Unidos, comemoraram a nota técnica e a aprovação total era questão de tempo.
A FDA não tinha a obrigação, mas normalmente segue as notícias técnicas dos especialistas e dessa vez não foi diferente.
Quando chega ao Brasil
Por ter sido aprovado agora, o remédio ainda não está disponível no Brasil.
O Kinsula está em fase de avaliação regulatória pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Vamos aguardar.