Um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo Hezbollah, no Líbano, pode ser concluído nos próximos dias apesar de ainda existirem “pontos a serem ajustados”, afirmou o embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, em entrevista à rádio militar de Israel.

“Estamos perto de um acordo, pode acontecer em poucos dias, mas ainda há alguns detalhes a serem resolvidos”, disse Herzog.

A proposta em questão prevê a interrupção dos ataques por dois meses e a retirada das forças israelenses da fronteira sul do Líbano. Esse processo seria acompanhado de tropas do exército libanês para patrulhar a área junto com a força de paz da ONU, já presente na região.

O chefe do Hezbollah, Naim Qassem, disse na semana passada que o grupo revisou a proposta de cessar-fogo mediada pelos EUA e que agora a decisão está nas mãos de Israel.

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, por outro lado, defende a continuidade da guerra até a “vitória absoluta”. Na rede social X, em uma publicação dirigida ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Ben-Gvir escreveu: “Ainda dá tempo de impedir este acordo!”

Apesar das tentativas diplomáticas, uma nova ofensiva entre Israel e Hezbollah, ocorrida neste final de semana, matou pelo menos 29 pessoas no centro de Beirute. Em retaliação, o grupo extremista, apoiado pelo Irã, lançou cerca de 250 foguetes contra Israel.

O novo conflito teve início após o Hezbollah abrir fogo em solidariedade ao seu aliado palestino Hamas, após o ataque de 7 de outubro de 2023, ao sul de Israel e teve uma escalada em setembro, quando Israel atacou membros do grupo com pagers explosivos. Benjamin Netanyahu admitiu ter dado ordens para a ação.