Estação começa com previsão de clima mais seco em grande parte do país, influenciada pelo La Niña, e traz desafios para setores como agricultura e energia.
Estação começa com previsão de clima mais seco em grande parte do país, influenciada pelo La Niña, e traz desafios para setores como agricultura e energia.

O verão de 2024 começou neste sábado (21), às 6h20 (horário de Brasília), marcando mudanças climáticas significativas no Hemisfério Sul. A estação é caracterizada por temperaturas elevadas, dias mais longos e condições climáticas dinâmicas, como chuvas intensas e ventos fortes.

Segundo o Prognóstico Climático de Verão, divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña terá duração mais curta nesta temporada. Esse fenômeno, que geralmente traz fortes chuvas para o Norte e Nordeste e seca para o Sul, apresenta uma probabilidade de 60% de atuação entre janeiro e março, reduzindo para 40% até abril de 2025.

Predomínio de Chuvas Abaixo da Média

De acordo com a meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho, “as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país”.

  • Região Norte: Chuvas acima da média são esperadas, representando uma exceção.
  • Nordeste: Chuvas volumosas podem ocorrer em áreas específicas, mas o total tende a ficar abaixo da média.
  • Centro-Oeste e Sudeste: As precipitações devem variar entre normais e abaixo da média.
  • Sul: Chuvas permanecem na faixa normal ou abaixo do normal, com destaque para o extremo sul do Rio Grande do Sul, onde os volumes devem ser inferiores a 400 mm.

Impactos Econômicos e Ambientais

A configuração climática, com águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e frias no Atlântico Tropical Sul, pode alterar a regularidade das chuvas no Norte e Nordeste. Isso impacta atividades como:

  • Agropecuária: Redução de produtividade em culturas dependentes de chuvas.
  • Geração de Energia: Menor capacidade de geração hidrelétrica.
  • Abastecimento de Água: Dificuldades na reposição hídrica dos reservatórios.

Conforme apontado pela meteorologista Maytê Coutinho, “essas condições reforçam a necessidade de monitoramento contínuo para mitigar os impactos econômicos e sociais”.

O que Esperar do Verão 2024?

Apesar da previsão de chuvas abaixo da média, eventos isolados de precipitação intensa podem ocorrer em diferentes regiões do país, exigindo atenção de agricultores, gestores de recursos hídricos e da população.