Escola em SP é investigada por maus-tratos a alunos autistas; jovens estão sem aula desde janeiro

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“Meus filhos chegavam em casa [após a aula] sujos e cheirando a fezes e urina. Até que apareceram hematomas nas bochechas, nos braços, no peito, nas pernas e no pescoço deles. Ninguém na escola sabia me dizer o que estava acontecendo.”

O relato acima é de Jussara*, mãe de dois adolescentes autistas, de 14 e 17 anos, que estudavam em uma instituição específica para pessoas com o transtorno, na zona sul de São Paulo. Em abril de 2022, além de apresentarem esses ferimentos, os meninos também passaram a ficar mais agitados, nervosos e ansiosos, conta a mãe.

Esse foi apenas um dos episódios que levaram familiares de alunos a suspeitarem da prática de maus-tratos na Gaia Educa TEA, escola privada que era credenciada à Secretaria Estadual de Educação (Seduc-SP) até o início deste ano.