O mercado está de olho na política fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente e ministros da área econômica se reúnem durante a manhã para debater o tema, mais uma vez. Ele aparenta não estar convencido sobre a necessidade de equilibrar as contas públicas pelo lado das despesas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que uma definição deve sair ainda esta semana.
Falas de Lula veiculadas na noite de 4ª feira (6.nov) também influenciaram os rumos do dólar. O petista disse em entrevista à RedeTV! que o mercado “age com certa hipocrisia” com “contribuição muito grande da imprensa brasileira” para, segundo ele, “criar confusão na cabeça da sociedade”.
Haddad falou com a imprensa depois das declarações do presidente. Disse que faltam “2 detalhes” para fechar com o presidente na reunião desta 5ª feira (7.nov) no Palácio do Planalto. De acordo com ele, o encontro será para “fechar as medidas fiscais”. Não deu mais detalhes.
O dólar em alta tem um impacto direto na inflação, especialmente porque aumenta o preço dos produtos e insumos importados.
O mercado também repercute a alta de 0,5 ponto percentual na Selic, oficializada pelo Banco Central na noite de 4ª feira. A taxa básica de juros agora está a 11,25% ao ano. Era esperado que esse movimento ajudasse a aliviar o dólar, o que não se comprovou. Entenda mais nesta reportagem.
No exterior, a política monetária dos Estados Unidos também está no radar. O Federal Reserve (banco central do país) definirá hoje o patamar do seu juro-base. Isso também mexe com o dólar. A expectativa é de um novo corte na tentativa de aquecer a economia norte-americana.