A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa, crônica, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. A doença causa manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas na pele, que pode sofrer alteração da sensibilidade e o paciente não sente (ou tem sensibilidade diminuída) calor, frio, dor e ao toque.
É comum ter sensação de formigamentos, fisgadas ou dormências nas extremidades (pés e mãos) e em algumas áreas pode haver diminuição do suor e pelos. O paciente pode ter dificuldade para segurar objetos, pode queimar-se e não sentir ou, por exemplo, perder o chinelo sem perceber. A doença pode provocar o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular.
A hanseníase não é hereditária. É causada pelo bacilo Mycobacterium leprae e a transmissão
ocorre através do contato direto com doentes sem tratamento, pois estes eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior em meios as secreções nasais e gotículas da fala, tosse e espirro. No caso dos doentes que recebem tratamento médicos não há risco de transmissão.
TRATAMENTO
O tratamento da hanseníase é simples, feito nas Unidades de Saúde da Família, e é gratuito. O tratamento é via oral, poliquimioterapia (PQT) padronizado em todo o Brasil, ambulatorial, com doses mensais supervisionadas, administradas na unidade de saúde e doses auto administrada no domicílio.
Os casos mais graves são encaminhados ao CEM (Centro de Especialidades Médicas/Referência Municipal) e o tratamento leva de 6 meses a um ano. Se seguir o tratamento cuidadosamente, o paciente recebe alta por cura.
Todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente de hanseníase devem ser examinadas, uma vez ao ano durante cinco anos.
CURA
A hanseníase tem cura. Quanto mais cedo o tratamento, menores agressões aos nervos e é possível evitar as complicações. O paciente que inicia o tratamento não transmite a doença a familiares, amigos, colegas de trabalho e escola.
O enfrentamento da hanseníase baseia-se na busca ativa de casos novos, para o diagnóstico precoce, tratamento oportuno, prevenção das incapacidades e investigação dos contatos domiciliares e social, como forma de eliminar fontes de infecção e interromper a cadeia de transmissão da doença.
Neste mês de janeiro e fevereiro o Departamento de Vigilância Epidemiológica, em parceria com o Departamento de Atenção Básica e Departamento de Média e Alta Complexidade estarão promovendo ações preventivas de orientações e controle da doença.
Todo mundo deve ficar atento, uma mancha na pele pode ser hanseníase. Se você tocar na mancha e não sentir nada ou perceber diminuição da força nos braços, mãos e pés; é melhor procurar uma unidade de saúde.
É muito importante identificar o mais rápido possível, pois o tratamento é gratuito e logo que começa a doença deixa de ser transmissível. Hanseníase identificou, tratou, curou. Família e amigos, além de apoiar o tratamento devem ser examinados.