Pfizer e AstraZeneca: pesquisa mostra efeitos ao misturar as duas vacinas

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Os primeiros resultados de um estudo britânico sobre vacinas sugerem que a mistura de diferentes marcas pode provocar uma resposta imune bastante eficaz e robusta contra covid-19. No ensaio preliminar, as amostras de sangue coletadas de voluntários mostraram que eles produziram altos níveis de anticorpos e células imunológicas após receberem uma dose da vacina Pfizer e outra da AstraZeneca-Oxford.

Na primeira fase da pesquisa, 830 voluntários receberam o combo de vacinas misturados em 4 diferentes tipos de combinações. Alguns receberam duas doses de Pfizer ou AstraZeneca, ambas comprovadamente eficazes contra a covid-19. Outros receberam uma dose de AstraZeneca, seguida de uma da Pfizer, ou vice-versa.

Foi avaliado que os voluntários tiveram mais calafrios, dores de cabeça e dores musculares do que as pessoas que receberam duas doses da mesma vacina. Mas os efeitos colaterais duraram pouco tempo e foram descritos como muito similares aos já registrado na aplicação de doses do mesmo fabricante.

Os pesquisadores também descobriram que aqueles que receberam duas doses de Pfizer produziram níveis de anticorpos cerca de 10 vezes maiores do que aqueles que receberam duas doses de AstraZeneca. Os voluntários que receberam Pfizer seguido por AstraZeneca mostraram níveis de anticorpos cerca de cinco vezes mais altos do que aqueles com duas doses de AstraZeneca. E os voluntários que receberam AstraZeneca seguido pela Pfizer atingiram níveis de anticorpos quase tão altos quanto aqueles que receberam duas doses de Pfizer.

O estudo também descobriu que o uso de diferentes vacinas produziu um nível mais alto de células imunológicas preparadas para atacar o coronavírus do que a administração de duas doses da mesma vacina.

Por enquanto, a pesquisa indica que a melhor estratégia de imunização é aplicar duas doses da mesma vacina. O estudo deve ser útil para avaliar o efeito da mistura quando não for possível tomar a mesma vacina na segunda vez. Como quando houver atrasos nas entregas, ou o fornecimento for congelado por problemas de fabricação, ou ainda se a pessoa desenvolver algum tipo de reação. No Brasil, os órgãos de saúde ainda não avaliaram a combinação de imunizantes.

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