Casos de dengue disparam no Sudeste em 2023; somados, MG e ES têm mais de 500 mil registros

0
180

O Ministério da Saúde alerta para uma onda de dengue no país nos últimos meses. E no Sudeste, o número de casos disparou ao longo deste ano.

A chegada do verão, quando as chuvas aumentam em boa parte do país, é o momento mais adequado para reforçar os cuidados com a doença. O tempo quente e úmido acelera a proliferação de larvas do mosquito aedes aegypti. E neste ano, o número de casos da doença disparou em vários estados.

Só no Rio de Janeiro, já foram registrados mais de 39.369 casos – quatro vezes mais que no ano passado. E por conta disso, quase duzentos agentes da Vigilância Ambiental em saúde eliminaram focos de dengue em 20 cemitérios na cidade do Rio. A ação promovida pela Prefeitura no fim de outubro pode evitar uma explosão de casos no Dia de Finados.

Os números assustam ainda mais em outros estados do Sudeste. Minas Gerais, que teve quase 90 mil casos no ano passado, registrou agora quase 400 mil. No Espírito Santo, em 2022 foram apenas 66 casos da doença. Mas agora o número passa de 126 mil.

O Ministério da Saúde diz que está trabalhando para conter uma possível onda de dengue.

“A gente está em um momento oportuno para que a gente possa evitar chegar a esse cenário que está sendo prospectado pelos epidemiologistas. Da parte do Ministério da Saúde, a gente vem então atuando nesse momento com o planejamento e intensificação da interação com estados e municípios para que essas unidades estejam preparadas para o aumento de casos que é esperado nesse próximo período ou mesmo essa antecipação que pode acontecer”, explicou Alda da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

A diretora reforça o alerta para que a população permaneça atenta para os primeiros sintomas da doença.

“É importante que ele esteja atento também para os sinais de alerta. Então a manutenção da febre alta, a dor abdominal, vômitos persistentes, o aparecimento de sangramento. E lembrar que a hidratação é muito importante também para evitar que ele evolua para formas mais graves”, disse Alda da Cruz.