Brasil bateu recorde exportando mais de 300 mil toneladas de carne bovina em agosto

País movimentou 301.951 toneladas, o que significa um crescimento de 31,5% em relação ao montante comercializado em agosto de 2023

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No último mês de agosto, o Brasil exportou mais de 300 mil toneladas de carne bovina (produtos processados + carne in natura). A informação é da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Em agosto, o país movimentou 301.951 toneladas, um recorde histórico no setor, num crescimento de 31,5% em relação às 229.668 toneladas comercializadas em agosto de 2023. A receita cresceu 16,7% no mês, passando de US$ 961,8 milhões no ano passado para US$ 1,122 bilhão em 2024. Os preços médios negociados, no entanto, continuam inferiores em relação ao ano anterior: em agosto de 2023 eles foram de US$ 4.187 por tonelada, enquanto em 2024 caíram para US$ 3.716 por tonelada.

Segundo a ABRAFRIGO, no acumulado do ano, de janeiro a agosto, as exportações totais de carne bovina alcançaram 2.030.782 toneladas (+34%) frente às 1.511.612 toneladas exportadas até agosto de 2023. A receita, com preços médios menores, não teve a evolução: subiu 20%, passando de US$ 6,772 bilhões em 2023 para US$ 8,108 em 2024. Os preços médios, até agosto, foram de US$ 4.480 em 2023 e de US$ 3.992 em 2024.

China comprou menos carne brasileira

No acumulado do ano, a China perdeu participação relativa nas exportações brasileiras de carne bovina de 48,1% no volume em 2023 para 39,2% em 2024 mesmo comprando 9,5% a mais: em 2023 foram 727.456 toneladas e até agosto de 2024 foram 796.836 toneladas.

Os preços médios, todavia, caíram de US$ 4.908 por tonelada no ano passado para US$ 4.417 neste ano e a receita diminuiu 1,4%, saindo de US$ 3,570 bilhões para US$ 3.520 bilhões.

EUA aumentaram suas importações

O segundo maior importador do produto brasileiro, os Estados Unidos, aumentaram suas importações no volume acumulado em 103,7% entre janeiro e agosto. Em 2023, foram 164.338 toneladas e em 2024 foram 334.733 toneladas. A receita não acompanhou este crescimento porque os preços médios em 2023 foram de US$ 3.840 por tonelada enquanto em 2024 caíram para US$ 2.770 por tonelada (-27,9%) e aumentou relativos 46,9%.

Emirados se consolidaram na terceira posição

Os Emirados Árabes, país que funciona como uma “hub” de distribuição de produtos no Oriente Médio, se consolidou na terceira posição entre os maiores importadores de carne bovina brasileira. Em 2023 importou 38.818 toneladas com receita de US$ 177,4 milhões. No acumulado de 2024, o volume foi a 114.104 toneladas (+186,6%) e a receita a US$ 517,9 milhões (+ 191,8%). Os preços médios se mantiveram próximos: em 2023 foram de US$ 4.460 e em 2024 subiram para US$ 4.540.

Compras do Chile retraíram um pouco

Na quarta posição, o Chile reduziu levemente suas aquisições: em 2023 foram 70.126 toneladas e em 2024 68.259 toneladas. A receita obtida no ano passado alcançou US$ 343,7 milhões e em 2024 foi a R$ 321,7 milhões. No total, 89 países aumentaram suas importações, enquanto 76 reduziram suas compras.