O Queijo Minas Artesanal foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A votação ocorreu nesta quarta-feira (4/12) em Assunção, capital do Paraguai.

A Unesco levou em consideração o modo de fazer o queijo, que segue uma tradição de três séculos e preserva a memória e o modo de vida das comunidades produtoras de Minas Gerais.

A candidatura foi apresentada em 2023 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que tem sede em Brasília. Esse é o primeiro item gastronômico brasileiro a entrar na lista, que contempla o café turco, a cerveja belga, a pizza italiana (de Nápoles), a baguete francesa etc.

“Feito a partir de técnicas ancestrais relacionadas à produção de queijo de leite cru, o Queijo Minas Artesanal tornou-se desde sempre uma importante atividade socioeconômica, que promove inclusão e desenvolvimento local, em especial da agricultura familiar”, destaca o Iphan.

O instituto ainda defende que o Queijo Minas Artesanal é um alimento que serve como referência para a cultura nacional e a identidade local de grupos e de indivíduos de diferentes regiões e paisagens de Minas Gerais. Segundo o instituto, a produção de queijo abrange 106 municípios do estado.

Em comemoração à candidatura, o Iphan divulgou vídeos em canais institucionais destacando os pontos do Queijo Minas Artesanal.

A votação foi apreciada na 19ª sessão do Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial do órgão.

O Brasil já tem reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade outras seis expressões culturais. São elas: o Samba de Roda no Recôncavo Baiano; a Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi; o Frevo: Expressão Artística do Carnaval de Recife; o Círio de Nossa Senhora de Nazaré; a Roda de Capoeira; e o Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão.