Controle das doenças respiratórias em Rondônia

O Boletim da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, referente à semana epidemiológica de 23 de fevereiro a 1º de março, apontou que Rondônia (RO) manteve a incidência de Covid-19 entre idosos em baixa nas últimas semanas. A taxa de positividade para SARS-CoV-2 também apresentou queda na região Norte. No entanto, há um alerta para o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente entre crianças e adolescentes de até 14 anos.

De acordo com a coordenadora estadual de Vigilância e Controle da Influenza da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), Luma Kubota, até 10 de março de 2025, o estado registrou 262 notificações de SRAG. Dessas, 114 (43,5%) tiveram confirmação para algum vírus respiratório, com destaque para SARS-CoV-2 (55,3%), Rinovírus (15,8%), Influenza A (6,1%) e outros vírus como Influenza B, VSR, Enterovírus, Metapneumovírus, Adenovírus, Parainfluenza 1 e 3, e Bocavírus.

Medidas de prevenção e controle

O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, reforça a importância da adoção de medidas preventivas para evitar o aumento dos casos. Entre as principais estão:

  • Manter a vacinação atualizada, disponível gratuitamente no SUS para todas as idades a partir de 6 meses.
  • Utilizar máscaras em ambientes fechados e aglomerados, especialmente entre grupos vulneráveis.
  • Evitar contato próximo com crianças pequenas e idosos ao apresentar sintomas gripais.
  • Seguir os protocolos clínicos para testagem e tratamento precoce de casos confirmados.
  • Utilizar máscaras PFF2 ou N95 em locais de maior risco, como unidades de saúde.

Importância da vacinação

A gerente epidemiológica da Agevisa, Arlete Baldez, destaca a eficácia das vacinas contra Covid-19 na prevenção de formas graves e óbitos. Desde dezembro de 2024, a imunização contra a Covid-19 passou a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação para gestantes, idosos e crianças. O Ministério da Saúde distribui as doses conforme a demanda de cada estado.

A vacinação contra a gripe também segue disponível na região Norte enquanto houver estoque. Até 31 de janeiro de 2025, foram aplicadas 3,6 milhões de doses, com cobertura vacinal de 45% entre idosos, gestantes, puérperas, crianças e indígenas.

Cenário nacional das doenças respiratórias

Os dados do boletim indicam que, na semana epidemiológica de 23 de fevereiro a 1º de março, a Covid-19 continua sendo a principal causa de casos e óbitos por SRAG, com maior impacto entre idosos. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) segue em crescimento, e a variante JN.1 voltou a predominar no país.

Até 1º de março de 2025, foram registrados 136.861 casos e 698 óbitos por Covid-19. Houve redução de 11,5% na média móvel de casos e de 19,2% nos óbitos. A taxa de positividade para SARS-CoV-2 na Rede Nacional de Laboratórios foi de 2,1%, com aumento nas regiões Sudeste e Sul e queda na região Norte, demonstrando um controle mais eficaz da doença nesta última.

Panorama global da Covid-19 e SRAG

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta uma queda na média móvel global de casos e óbitos. No entanto, alguns países da América do Sul, como Equador, Guiana, Colômbia e Panamá, apresentam aumento de casos. O Reino Unido registra leve alta na positividade dos testes, sem impacto significativo nos óbitos. No Canadá, a onda de VSR atinge seu pico, sem aumento expressivo de Covid-19. Em sequenciamentos globais, 59,3% das amostras recentes correspondem à variante JN.1.