Barreiras sanitárias são montadas em aeroportos do AC em ação contra novo coronavírus

Servidores da Saúde devem ajudar no trabalho de identificação e monitoramento dos passageiros que chegam em Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

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Para identificar e monitorar a entrada e saída de pessoas infectadas com o novo coronavírus no Acre, o governo instalou, a partir desta segunda-feira (23), barreiras sanitárias no Aeroporto Internacional de Rio Branco, capital acreana, e no aeroporto de Cruzeiro do Sul, interior do Acre.

Até esta segunda, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) confirmou 17 casos de Covid-19 no estado. Há dois pacientes internados em unidades de saúde, sendo um idoso de 81 anos que está em observação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito da capital acreana e uma advogada internada em uma clínica particular.

Até esta segunda, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) confirmou que há 17 pessoas infectadas pela Covid-19. Os pacientes são de Rio Branco e há dois internados em hospitais da cidade.

O governo informou que a ideia é detectar, logo na chegada, se o passageiro tem os sintomas da doença. Profissionais da Saúde vão ser encaminhados para os aeroportos para fazer esses trabalhos.

A ação foi pedida em um requerimento pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) e liberada pelo governo federal. O procurador-geral João Paulo Setti explicou como vai funcionar a barreira.

“A Anvisa só tem dois ou três servidores no estado todo. A própria estrutura a Anvisa sabe que precisava de ajuda com o sistema de acompanhamento dos viajantes. Então, o Estado já vinha colaborando, mas hoje [segunda,23] saiu a determinação e passa a ser o responsável. A Vigilância e a Sesacre devem encaminhar os servidores”, reforçou.

O G1 tentou contato com o secretário de Saúde, Alysson Bestene, para saber mais sobre as fiscalizações, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Decretos governamentais

Como medida de contenção da proliferação da doença, o governo do Acre publicou um decreto, na sexta, suspendendo a circulação e ingresso no estado de veículos de transporte coletivo interestadual e internacional de passageiros, público ou privado. A exceção é para os casos transporte de pacientes.

O transporte entre municípios com desembarque na rodoviária também teve a frota reduzida em 50%.

Conforme o governo, para assegurar as fiscalizações, a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Vigilância Sanitária, além de outros órgãos fiscalizadores, devem manter equipes nas fronteiras, rodoviárias e nas ruas.

Em uma edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), o governador decretou ainda o fechamento de shoppings, bares, boates, lanchonete, restaurantes, lojas e outros estabelecimentos.

Só podem funcionar mercados, supermercados, farmácias e drogarias, padarias, distribuidoras de água e gás, hospitais e outros setores essenciais.

Os comerciantes que desrespeitarem o decreto governamental que suspende as atividades não essenciais no estado, podem responder criminalmente por desobediência.

Na terça-feira (17), foi decretado situação de emergência devido à pandemia de Covid-19. O decreto 5.465, válido por 30 dias e podendo ser prorrogado, aponta ainda que as recomendações valem até que a emergência em saúde prevaleça, assim como determinou o Ministério da Saúde.

Também na sexta (20), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) aprovou o pedido de calamidade pública enviado pelo governador Gladson Cameli à Casa. O pedido foi aprovado por unanimidade e tem validade até dezembro deste ano.

A pandemia de Covid-19 foi declarada no dia 11 deste mês pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O G1 organizou uma lista com as alterações informadas pelas instituições. Ela será atualizada sempre que uma nova mudança for divulgada.

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