Países reabrem suas portas para os turistas, mas brasileiros ficam de fora

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Enquanto completamos mais de um milhão de casos de Covid-19 no Brasil, mais de 50 mil mortes e mais de 100 dias de uma quarentena falha (com a bagunça das trocas de ministro da Saúde e o “pode não pode” maluco da Presidência), circulou um vídeo nas redes sociais captado por um turista nas ruas de Paris. Nele, pessoas caminhavam tranquilamente em meio a mesas lotadas nos restaurantes e bares das calçadas.

Logo pensamos: “Mas será que é verdade?”. Sim, é. O cenário do Turismo está lentamente mudando e voltando no mundo.

Essas informações são da Organização Mundial do Turismo (OMT), que divulgou esta semana que 22% dos países (cerca de 48 destinos) começaram a afrouxar as restrições e abrir as portas para o turismo, respeitando as novas leis de segurança e saúde.

Destes destinos, 37 são na Europa, 6 nas Américas, 3 na Ásia e Pacífico e 2 na África.

Mas não comece a pesquisar preço de passagens achando que as suas férias de julho estão salvas, porque não estão.

Mesmo com as propagandas que você tem recebido de promoções de passagens aéreas e a notícia de que o Aeroporto de Guarulhos em São Paulo já instalou câmeras térmicas para identificar passageiros com temperatura elevadas, o brasileiro não está liberado para visitar esses destinos abertos.

Aliás, desconfio que seremos os últimos da fila. Segundo a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês), que disponibiliza em seu website um mapa interativo com as restrições de entrada de cada país, o Brasil parece estar na lista dos ‘perigosos’.

Mesmo que a ONU e a IATA tragam informações e atualizações quase que diárias em relação aos países abertos ou ainda com restrições, o que tudo indica (devido aos nossos números elevados de casos da Covid) é que não seremos liberados tão rapidamente assim.

E os dados econômicos são tristes. Os registros são de uma queda de 97% de viagens em relação ao ano passado, e um prejuízo no setor de US$ 195 bilhões nas receitas geradas pelo turismo internacional. Isso faz os destinos queimarem os neurônios para reverter logo a situação e considerarem turistas (até os brasileiros) pelo mundo.

Porém é obvio que o rombo seria maior se uma segunda onda dessa pandemia aparecesse. O que deixa claro que, se tivéssemos liderança por parte do governo com devida orientação e suporte para todos brasileiros logo no início da pandemia, possivelmente nosso país já poderia estar trabalhando para sair dessa e, principalmente, não teríamos chegado à triste realidade de tantas mortes.

Enfim, esperança é o que nos resta e seguimos respeitando a quarentena.

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