Mais uma vacina britânica começa a ser testada em humanos

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ROMA, 24 JUN (ANSA) – Após a candidata da Universidade de Oxford, mais uma vacina britânica contra o novo coronavírus começou a ser testada em seres humanos.  

A medicação foi desenvolvida pelo Imperial College London, universidade do Reino Unido que é referência em medicina e ciência, e entrou na fase de estudo clínico nesta terça-feira (23), com a aplicação nos primeiros voluntários.   

A vacina está na fase 1 dos testes em humanos, quando se avalia a sua segurança para os pacientes. A segunda etapa analisa se a candidata estimula a produção de anticorpos no organismo, e a terceira, na qual está a vacina de Oxford atualmente, testa a eficácia contra a doença.   

A candidata do Imperial College será aplicada em duas doses e é baseada na tecnologia de RNA autoamplificante. Os pesquisadores criaram segmentos sintéticos do material genético do coronavírus baseados no código responsável pela produção da proteína spike, usada pelo Sars-CoV-2 para agredir as células humanas.   

Esses segmentos são inseridos em moléculas circulares chamadas plasmídeos para produzir o RNA autoamplificante (saRNA), que contém toda a informação necessária para fabricar a proteína spike, porém se degrada em poucas semanas.   

O RNA autoamplificante é envolvido em pequenas gotas de gordura para formar a vacina final. Após a injeção, as células absorvem as gotas de gordura e seu conteúdo, e o saRNA se “amplifica”, produzindo mais cópias do RNA.   

As células então leem as instruções contidas no RNA e fabricam a proteína spike, mas sem reproduzir o coronavírus em si. Quando as células do sistema imunológico entram em contato com a proteína, elas criam anticorpos que servirão para combater o Sars-CoV-2.   

“Em menos de seis meses da primeira emergência relatada na China, temos agora duas candidatas promissoras no Reino Unido sendo testadas em seres humanos”, disse Fiona Watt, diretora-executiva do Conselho de Pesquisa Médica do país.   

A fase 1 do estudo clínico envolverá 15 voluntários entre 17 e 45 anos, partindo de uma dosagem baixa que será aumentada progressivamente. Na fase 2, 300 voluntários receberão duas aplicações em um período de quatro semanas.   

Se a vacina se mostrar segura e capaz de estimular uma resposta imunológica, o Imperial College iniciará a fase 3, com um número maior de pessoas. A expectativa da universidade é que a candidata esteja pronta no primeiro semestre de 2021.   

O projeto da vacina recebeu financiamento de 41 milhões de libras do governo britânico e 5 milhões em doações filantrópicas. (ANSA)

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