Clima extremo e doenças como greening afetam a produção de laranjas no Brasil. Descubra os desafios do setor e as previsões para o futuro.
Clima extremo e doenças como greening afetam a produção de laranjas no Brasil. Descubra os desafios do setor e as previsões para o futuro.

A produção de laranjas no Brasil enfrenta uma das piores crises da história, impactada pelo clima extremo e por doenças que afetam os pomares. O Brasil é o maior produtor de laranjas e suco de laranja do mundo, mas a atual safra sofreu uma queda de 27%, totalizando 9,1 milhões de toneladas.

A alta temperatura e a escassez de chuvas prejudicaram o florescimento das laranjeiras, resultando na queda prematura dos frutos. Esse problema afetou diretamente a qualidade das laranjas, tornando-as menores e menos saborosas. Além disso, as doenças greening e cancro cítrico ameaçam ainda mais a citricultura brasileira, tornando a recuperação do setor ainda mais difícil.

No mercado internacional, a escassez do suco de laranja brasileiro elevou os preços. Em Nova York, a tonelada do suco concentrado passou de US$ 1.700 para US$ 6.600, tornando a bebida menos acessível para consumidores em diversos países.

Os desafios não param por aí. Um estudo do Instituto Geológico prevê um aumento de até 6°C na temperatura nos próximos 25 anos na principal região produtora, além de um crescimento no número de dias de calor extremo. Diante desse cenário, produtores buscam novas regiões, como Mato Grosso do Sul e Bahia, para garantir a continuidade do cultivo.

O futuro da citricultura brasileira dependerá de investimentos em tecnologia, controle de pragas e adaptação ao novo cenário climático. Entidades do setor e universidades trabalham juntas para desenvolver soluções sustentáveis, mas, por enquanto, o setor ainda depende das condições da natureza para se recuperar.