Brasileira de 16 anos morre após bombardeio no Líbano, confirma família

Jovem seria a segunda vítima brasileira dos bombardeios de Israel contra o Hezbollah; Itamaraty ainda não se manifestou

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Uma adolescente de 16 anos seria a segunda vítima brasileira dos ataques de Israel no Líbano no conflito com o Hezbollah. Mirna Raef Nasser nasceu em Balneário Camboriú, mas retornou ao país do Oriente Médio com os pais quando tinha um ano de idade.

A morte foi confirmada à CNN pelo tio da jovem, Ali Hussein Nasser. O Itamaraty ainda não se manifestou.

A jovem foi atingida quando estava em casa com o pai, Raef Hussein Nasser, de 46 anos, no norte do Líbano, na última segunda-feira (25). Ele também morreu.

“Eles tinham deixado a casa de manhã por causa dos ataques, mas acabaram retornando para buscar roupa e material escolar. Nesse momento, veio o bombardeio”, disse Ali.

A mãe e três irmãos de Mirna não estavam no local. Segundo o tio, agora a família está em Beirute.

“O que mais dói na gente é que dizem que os ataques são em base militar, mas estão atingido casas, famílias inteiras”, diz Ali, que vive em Balneário Camboriú.

Mirna Raef Nasser seria a segunda vítima brasileira da escalada do conflito no Líbano, entre Israel e o Hezbollah.

Um adolescente brasileiro de 15 anos também morreu após um ataque aéreo israelense. A informação foi confirmada na quarta-feira (25) à CNN pelo Itamaraty.

O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.

Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã. A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute.

Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país. Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada. O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza.

O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns. Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas. No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.