Deportação de Imigrantes Ilegais nos EUA: Operações de Massa Começam

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Começam deportações em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos

Poucos dias após o início do novo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos, começaram as operações de deportação em massa de imigrantes ilegais. Na noite desta quinta-feira, 538 pessoas foram detidas e centenas deportadas em uma enorme operação anunciada pela Casa Branca.

Declarações Oficiais
“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, acrescentando que “centenas” foram deportados em aviões do Exército. Ela afirmou que esta seria “a maior operação de deportação em massa da história”, descrevendo a ação como parte das “promessas cumpridas” da administração.

Durante sua campanha presidencial, Donald Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, tratando-a como uma “emergência nacional”. Logo no primeiro dia de sua presidência, o republicano assinou uma série de ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos.

Impactos Locais
O prefeito de Newark, Ras J. Baraka, declarou em comunicado que os agentes dos serviços de imigração causaram confusão em um estabelecimento local, “detendo residentes e cidadãos sem apresentar um mandado” .

Legislação Apropriada
No dia da posse de Trump, o Senado norte-americano, de maioria republicana, aprovou um projeto de lei que obriga os serviços federais a deter imigrantes ilegais suspeitos de determinados crimes.

Justiça bloqueia ordem de Trump

Na mesma quinta-feira, um juiz federal bloqueou temporariamente a ordem executiva de Donald Trump que negava a cidadania norte-americana aos filhos de imigrantes ilegais, considerando-a inconstitucional.

Contexto Legal
A 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos garante o direito à cidadania às crianças nascidas em solo americano, uma medida ratificada em 1868 para assegurar a cidadania dos antigos escravos após a Guerra Civil.

No entanto, como parte de seus esforços para conter a imigração ilegal, Trump assinou uma ordem executiva para reverter esse direito logo após sua posse. A medida nega a cidadania a pessoas nascidas após 19 de fevereiro de 2025, cujos pais estejam nos Estados Unidos ilegalmente. Além disso, proíbe agências federais de emitirem ou aceitarem documentos que reconheçam a cidadania dessas crianças.

Reações e Contestação Jurídica
A ordem de Trump gerou contestação imediata, com pelo menos cinco ações judiciais interpostas por 22 estados e grupos de defesa dos direitos dos imigrantes.

Declarações
“Estou no meu cargo há mais de quatro décadas. Não me lembro de outro caso em que a questão apresentada fosse tão clara como neste”, declarou o juiz distrital dos EUA John Coughenour. Ele chamou a ordem de “flagrantemente inconstitucional”.

Contudo, a decisão da Justiça apenas atrasa a ordem executiva de Trump por 14 dias. Durante esse período, ambas as partes apresentarão argumentos contra e a favor da medida, e, em 6 de fevereiro, o juiz decidirá se bloqueia a lei a longo prazo.

O procurador-geral de Washington, Nick Brown, defendeu que “uma pessoa é cidadã americana se nascer em solo americano, ponto final”. Ele destacou que a lei tem sido aplicada por gerações e afirmou: “Os bebês estão nascendo hoje, amanhã, todos os dias, em todo o país. Temos de agir agora”.