Covid-19: Pesquisa REALIZADA em Rondônia Identifica MAIS de 20 MUTAÇÕES do VÍRUS

Uma das mutações pode estar relacionada a uma maior propagação do novo coronavírus. Estudos também mostram uma variação ainda não descrita pela literatura.

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Um estudo que está sendo realizado realizado por pesquisadores de Rondônia e Amazonas identificou mais de 20 mutações do vírus Sars-Cov-2, o novo coronavírus, incluindo uma que ainda não foi descrita na literatura médica.

A pesquisa está sendo realizada pela Fiocruz de Rondônia com apoio da Fiocruz do Amazonas e de especialistas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e do Laboratório Central de Rondônia (Lacen).

Segundo a pesquisadora em saúde pública Deusilene Vieira, já foram identificadas 22 mutações do Sars-Cov-2. Esse estudo genético do vírus mostra o nível de transmissão dele em Rondônia.

“Foi feito um estudo genético do vírus através de uma técnica chamada sequenciamento, avaliando o genoma completo do vírus, e dentro dessas avaliações nós tivemos como resultado essas 22 mutações. Nós temos uma mutação que foi identificada em todas as amostras analisadas, que alguns estudos correlacionam com uma alta transmissibilidade. Ou seja, essa mutação detectada tem uma característica de locais onde tiveram uma transmissão muito grande. O vírus pode ter uma característica de propagação maior. Talvez isso explique o aumento do número de casos que nós tivemos de março até o momento”, explica.

Deusilene ainda conta que o trabalho em laboratório mostrou inclusive uma mutação desconhecida até então.

“Uma outra mutação que a gente pôde identificar é uma mutação ainda não descrita na literatura, que foi encontrada em aproximadamente 38% das amostras e que está caracterizado aos isolados de Rondônia”, diz.

Esse estudo deve ajudar na vigilância epidemiológica da doença em curto período. A pesquisa foi feita com amostras de mucosa nasal de oito pacientes, em fases diferentes da doença, entre os meses de março e abril.

“Agora nós precisamos avaliar e correlacionar essa mutação analisada com a clínica e com as características dos pacientes. Assim como também avaliar o número de pacientes diferentes de outros municípios para a gente perceber se tem ou continuidade desses tipos de mudanças. Próximo passo é acompanhar os pacientes por seis meses a partir do momento do diagnóstico da doença e mais seis meses a frente, para a gente poder responder se essas variações estão correlacionadas a características inerentes aos sintomas clínicos apresentados por esse paciente”, conclui a pesquisadora.

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