Prefeito de Florianópolis é acusado de estupro por ex-servidora; Gean Loureiro diz que caso foi consensual

Mulher, que é candidata a vereadora pelo mesmo partido do prefeito (DEM), diz que foi abusada de 2017 a 2019, mas registrou o boletim de ocorrência neste mês.

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Uma ex-funcionária da Prefeitura de Florianópolis registrou um boletim de ocorrência por estupro contra o prefeito da cidade, Gean Loureiro (DEM). Ele nega e afirma que a relação foi consensual.

Rosely Rosana Ferrari Dallabona, que é candidata a vereadora pelo mesmo partido do prefeito, procurou a polícia em 9 de outubro, um ano depois do último episódio de abuso relatado por ela.

A ex-funcionária afirma que decidiu buscar a polícia após fazer terapia.

“Depois, com tratamento de remédio, enfim, eu consegui falar com o meu marido, tive apoio do meu marido sobre a situação (…), o apoio de amigos mais próximos assim, e aí eu consegui ir até a delegacia “, disse Rosely em entrevista ao G1.

À polícia, a ex-funcionária disse que, em 2017, o prefeito a agarrou pelo braço e tentou tocar suas partes íntimas.

Em outras duas ocasiões, os dois mantiveram relações sexuais não consentidas, segundo ela. A primeira ocorreu entre o final de 2017 e o início de 2018; a segunda, em 10 de outubro de 2019. Todos os episódios, afirma a ex-funcionária, ocorreram na Secretaria de Turismo, onde ela trabalhava.

Rosely afirma que chegou a pensar em ir ao Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina, onde são feitos exames de lesão corporal e de corpo de delito, mas desistiu, e que fez outros exames – sem especificar quais. “Na época, não deu nada”.

Procurada, a Polícia Civil informou que não irá se manifestar. O caso está com a procuradoria-geral do Ministério Público, que é responsável por investigações que envolvam prefeitos.

Prefeito afirma que a relação foi consensual

Nesta manhã, Gean Loureiro, que é candidato à reeleição, divulgou um vídeo em que se defende das acusações e afirma que se trata de uma “armação eleitoral”. O prefeito assume que teve uma relação extraconjugal em 2019, mas diz que se tratou de um “ato consensual”.

“Agora, a poucos dias da eleição, estão tentando transformar em crime um ato consensual entre dois adultos que aconteceu lá em 2019. Isso mostra que não há limites para baixeza e o jogo sujo da política”, disse. 

Segundo a última pesquisa Ibope, de 5 de outubro, Loureiro lidera a corrida eleitoral em Florianópolis com 44% das intenções de voto ante 15% da segunda colocada, Angela Amin (PP).

Rosely nega motivação política. “Isso não me ajuda em nada politicamente. Então, não é motivação política, de forma alguma”, afirmou a mulher. Ela também afirma não ter relação extraconjugal com Loureiro.

Até as 16h30, o G1 SC tentava contato com o diretório regional do DEM em Santa Catarina. A reportagem também procurou a sede do partido em Brasília, que informou estar tomando conhecimento do caso antes de se pronunciar por meio de nota.

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