O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (6) a inclusão de bancários e de trabalhadores dos Correios como prioritários na vacinação contra a Covid-19. O anúncio foi feito em um post do ministério, que foi apagado minutos depois. Na sequência, a pasta convocou jornalistas para uma entrevista do Queiroga com os presidentes da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Correios.
A estimativa é que as duas categorias reúnam quase 600 mil pessoas.
Queiroga e os presidentes das entidades participaram de uma reunião, na qual também estava o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil.
Segundo o ministro, ambas as categorias elaboraram relatórios sobre o adoecimento de profissionais, que foi submetido ao Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e ao Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde). Os representantes dos órgãos não participaram do anúncio.
O ministro afirmou que a decisão do PNI foi técnica e uma nota será publicada na sexta-feira (9) para orientar a aplicação de vacinas nestes profissionais.
A data de vacinação e como essa prioridade será colocada em prática depende de como estados e cidades, que têm autonomia, irão organizar a convocação do grupo a partir das previsões de doses que serão divulgadas pelo governo federal.
Protesto e reunião
Nesta manhã, trabalhadores do sistema bancário e dos Correios protestaram em frente ao Ministério da Saúde. Logo depois, foram recebidos pelo ministro Marcelo Queiroga. Participaram também da reunião os presidentes do BB e da CEF, além do ministro Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil.
De acordo com Kleytton Morais, presidente do sindicato dos bancários, atualmente a categoria reúne 503 mil pessoas. Já a presidente sindicato dos trabalhadores da ECT, Amanda Curcino, diz que são 90 mil os trabalhadores dos Correios no país.