O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), busca conscientizar sobre os cuidados da saúde do homem e reforça a campanha “Novembro Azul”, que visa prevenir e combater o câncer de próstata.
Dados do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP), coletados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), indicam que, em Rondônia, 29,2% da população masculina teve casos de câncer, subdivididos em próstata, testículos e outros órgãos genitais. Um total de 887 novos casos, entre 2015 a 2019.
Por idade, a pesquisa do Inca, segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Câncer em Rondônia, Rose Britto, explica que entre 2015 e 2019, foi o período que mais houve casos de câncer em homens com idade entre 54 e 84 anos. Mas, entre 65 e 69 anos a incidência foi maior.
Atualmente, o câncer de próstata está em 2° lugar no ranking de mortalidades no Brasil, com uma taxa de 13%. A estimativa para 2020 foi de mais de 32% de novos casos em Rondônia.
Rose Brito reforça que o homem deve ter muito cuidado e atenção com a saúde. É com o diagnóstico precoce que o tratamento e a cura podem acontecer.
Para o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, os registros de câncer no Estado mostram o quanto os homens devem cuidar mais da sua saúde. “Fazer exames periódicos a partir de 45 anos é fundamental para um possível diagnóstico precoce”, frisa.
SINTOMAS
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Neste caso, os sintomas são:
- dor óssea;
- dores ao urinar;
- vontade de urinar com frequência;
- presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
FATORES DE RISCO
- histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
- raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
- obesidade.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Câncer em Rondônia, somente o diagnóstico precoce pode garantir a cura do câncer de próstata. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco ou com 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como: endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico).