A Prefeitura de Porto Velho realizou na segunda-feira (6) o 1º Seminário de Prevenção da Gravidez na Adolescência. O evento aconteceu no auditório do Ministério Público do Estado de Rondônia e foi promovido pelo Departamento de Atenção Básica (DAB) da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
Com o tema “Ampliando o olhar e promovendo o cuidado”, o seminário reuniu entidades e autoridades em prol da discussão e construção de estratégias para reduzir a maternidade e a paternidade precoce em Porto Velho, por meio de debates e rodas de conversa.
Ao todo, cinco temas foram debatidos entre profissionais da saúde, da assistência social e do poder judiciário, sendo eles: a gravidez na adolescência como desafio para redução da mortalidade materna; o papel dos serviços públicos frente à gravidez acarretada pela violência sexual contra a criança e o adolescente; cuidando do adolescer na saúde pública do município de Porto Velho e um olhar sobre a paternidade na adolescência.
Para a médica ginecologista Ida Perea, que participou com a palestra “Gravidez na adolescência como desafio para redução da mortalidade materna”, a discussão fortalece a criação de soluções para o enfrentamento do tema.
“Toda solução começa com uma visão muito clara do problema. É preciso ter conhecimento da situação para que a gente planeje estratégias com foco na solução. O problema é de todos, e é importante que toda a sociedade esteja reunida para discutir educação e saúde”.
Marcos Tessila, promotor de Justiça da 19ª Vara da Infância e Juventude, reforçou o papel do poder público frente a gravidez causada pela violência sexual contra a criança e o adolescente.
“Nós precisamos conferir visibilidade a este tema, e, para que ele faça parte da rotina, é necessário romper as crenças relacionadas à prevenção. Somar, construir e consolidar políticas públicas em prol da segurança das nossas crianças e adolescentes é dever de todos”.
A secretária-adjunta de Saúde, Marilene Penati, destacou que a conscientização da população tem contribuído para a redução de partos em menores de idade.
“Ao longo dos últimos cinco anos, o número de partos na Maternidade diminuiu consideravelmente. Com ele, houve um aumento no número de inserções de diu e de vasectomias. Apenas no ano passado mais de mil vasectomias foram feitas na Maternidade. Nosso trabalho deve ser educativo, para que a população se conscientize sobre a importância da prevenção e do planejamento reprodutivo”.