Gisele Souza, proprietária do sítio, contou ao g1 que comprou a área em 2020 e desde então costuma ir com a família para curtir o fim de semana, num contato próximo com a natureza.
“No entanto neste último fim de semana tivemos uma surpresa. Quando chegamos lá e fomos olhar as câmeras instaladas, vimos em uma das gravações três onças-pardas andando pelo sítio, em plena luz do dia. Primeiro passa a mãe, e logo atrás as oncinhas”, revela.
As imagens foram feitas por uma espécie de câmera ‘trap’, que fica instalada em um ponto fixo e dispara quando o sensor detecta movimentos.
Segundo a moradora, a câmera bate uma foto quando os animais se aproximam e na sequência começa a gravar. No mesmo dia que a família da onça passou pelo sítio, a máquina registrou a presença de uma jaguatirica.
À reportagem, Gisele afirma ter sentido um misto de emoção quando viu a imagem do trio de onças no seu quintal. “Senti aquela felicidade por saber que elas passaram ali, mas também aquele sentimento de medo, já que às vezes estamos lá no sítio dormindo em barraca e rede”, diz.
A moradora afirma que neste ano já havia encontrado rastros de onça perto de um rio em Porto Velho. “A gente sabia que havia onça na região, mas não imaginava ser tão perto“, brincou.
De acordo com o biólogo Flávio Terassini, a família filmada de fato é composta por três integrantes. Isso porque a fêmea, depois da gestação, a onça-parda não deixa o macho ficar perto. “O pai não anda junto, pois a mãe coloca ele pra correr”, afirma.
Terassini afirmou ao g1 que, pelas imagens, os filhotes da onça estão com cerca de um ano de vida. “Geralmente eles andam atrás da mãe assim até completar dois anos, depois vão embora”.
A onça-parda também é conhecido puma, onça vermelha e leão da montanha. O felino dessa espécie pode medir até 150 cm (sem a cauda) e pesar de 53 a 72 kg.
O biólogo acredita que quando passou na frente da câmera em Porto Velho, a mamãe onça estava caçando animais para alimentar seus filhotes.