Detentas da Cadeia Pública de Boa Vista fabricam máscaras de proteção ao coronavírus

Máscaras são produzidas na unidade prisional e tiveram o aval da Secretaria de Saúde. Inicialmente, serão confeccionadas mil unicidades.

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Detentas da Cadeia Pública de Boa Vista estão fabricando máscaras para serem usadas na proteção ao coronavírus, informou nesta quarta-feira (25) a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc). A meta é fazer, inicialmente, mil unidades para atender aos hospitais da capital.

As máscaras passaram pela avaliação da Secretaria de Saúde (Sesau) e são fabricadas por cinco detentas. Roraima registrou, até esta terça-feira (24), oito casos confirmados da Covid-19 e investiga 16 suspeitos.

“Elas trabalham oito horas por dia com um intervalo para o almoço. Além de estarem contribuindo com a sociedade, também são beneficiadas com a remissão de pena. A cada três dias trabalhados, a pena é reduzida em um dia”, explicou a diretora da Cadeia Pública Feminina, Fabiany Leandro.

Fabiany também relatou um empecilho para a produção de máscaras em maior escala. Até agora, foram feitas cerca de 15 unidades que estão em teste para saber a durabilidade. O material usado é o TNT de 40 milímetros.

“O comércio está fechado e estamos enfrentando dificuldades para conseguir o material, mas já estamos procurando uma solução e em breve vamos poder produzir em maior quantidade”, disse.

As máscaras passaram pela avaliação da Sesau e são fabricadas por 5 detenta — Foto: Divulgação/Secom Roraima

Para Raquel de Paula Sousa, uma das detentas que está na linha de produção, poder trabalhar na confecção das máscaras é gratificante.

“É muito importante pra mim poder contribuir. Sabemos que está tendo uma carência na cidade, no caso de máscaras, imagino que não tenha mais nem para vender, por isso estamos aqui produzindo, tentando colaborar, fazer a nossa parte”, declarou.

A oficina de corte e costura da Cadeia Pública Feminina existe desde 2018. Até o momento, o espaço era utilizado apenas para a confecção de uniformes para a própria unidade prisional.

Segundo a diretora do local, a Sejuc pretende aumentar o espaço para que futuramente elas possam trabalhar na confecção de uniformes para todas as unidades prisionais do estado.

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