Reunião CITADA por MORO à PF Teve PALAVRÕES, Brigas e Ameaças de Demissão

Ministro Celso de Mello, do STF, quer o vídeo do encontro, mas o Palácio do Planalto busca evitar sua divulgação na íntegra

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A reunião que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro relatou em seu depoimento à Polícia Federal no último sábado (02/05), e cujo vídeo foi requisitado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, teve de tudo: palavrões, briga de ministros, anúncio de distribuição de cargos para o Centrão e ameaça do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de demissão “generalizada”. Como alvos, aqueles que não adotassem a defesa das pautas do governo.

Segundo participantes da tensa reunião, é exatamente esse o conteúdo do vídeo que o Palácio do Planalto quer evitar divulgar na íntegra. As informações são do Estadão.

Na tarde desta quinta-feira (07/05), a Advocacia-Geral da União pediu ao ministro para enviar somente trechos da reunião, realizada em de 22 de abril, que sejam ligados apenas a Moro e Bolsonaro. Segundo o ex-ministro, na ocasião, o presidente o pressionou na frente dos colegas a trocar o comando da Polícia Federal e o ameaçou de demissão.

Na noite dessa quarta-feira (06/05), o governo pediu que Celso de Mello reconsiderasse o pedido do vídeo por se tratar de “assuntos sensíveis”. Conforme o Estadão informou, o Planalto também cogitou alegar não ter o conteúdo na íntegra, mas apenas trechos da reunião, pois as gravações são “pontuais e curtas”.

Encontro tenso

O encontro de cerca de duas horas, cujos bastidores hoje mobilizam Brasília, ocorreu no terceiro andar do Palácio do Planalto, dois dias antes da demissão de Moro, e é considerado o mais tenso do governo até aqui.

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