O Brasil tem 41.058 mortes por coronavírus confirmadas até as 8h desta sexta-feira (12), aponta um levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
O consórcio divulgou na quinta-feira (11), às 20h, o quarto balanço, com os dados mais atualizados das secretarias estaduais naquele momento. Depois desse balanço, dois estados (GO e RN) divulgaram novos dados.
Veja os dados atualizados às 8h desta sexta-feira (12):
- 41.058 mortes
- 805.682 casos confirmados
(Na quinta-feira, 11, às 20h, o balanço indicou: 41.058 mortes, 1.261 nas últimas 24 horas; e 805.649 casos confirmados. Desde então, houve atualizações em GO e RN.)
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
Esta quinta-feira foi o terceiro dia consecutivo em que houve mais de mil mortes e mais de 30 mil novos casos em um intervalo de um dia. O Nordeste tem mais casos que o Sudeste. São 285 mil casos confirmados nos nove estados, contra 281 mil em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
Mortes por Covid-19 no Brasil e nos estados – 11/6 — Foto: Arte/G1
Parceria
A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram a iniciativa.
Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.
A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite da última quinta-feira (4). Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.
Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.
Neste domingo (7), o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.
Nesta quinta (11), o Ministério da Saúde divulgou os dados completos, obedecendo a ordem do STF. Segundo a pasta, houve 1.239 novos óbitos e 30.412 novos casos, somando 40.919 mortes e 802.828 casos desde o começo da pandemia – números menores que os apurados pelo consórcio.