Instituto Butantan vai produzir soro anti-Covid para ajudar no tratamento da doença

Objetivo do soro é amenizar os sintomas da doença nas pessoas já infectadas.

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O Instituto Butantan vai produzir um soro anti-Covid com base no material colhido no sangue de cavalos infectados com o vírus inativo. O objetivo é ajudar no tratamento da doença de pacientes contaminados pelo novo coronavírus amenizando os sintomas. O soro não é capaz de curar e nem de prevenir a doença.

O processo começa em uma fazenda do Instituto com os animais. O vírus inativo não provoca danos aos cavalos e nem se multiplica no organismo, mas estimula a produção de anticorpos. Os técnicos retiram o plasma do cavalo, que faz parte do sangue do animal, e levam para a sede do Butantan, na Zona Oeste de São Paulo.

Os anticorpos são separados do plasma e se transforma em um soro anti-Covid.

“A ideia é que esse soro neutralize os vírus, diminuindo o potencial letal, o potencial de infecção desses pacientes. A vacina, ela sempre tem um caráter preventivo, então pega pessoas que não tiveram contato com o agente e você imuniza para que elas possam se defender quando tiverem contato. Uma vez que a pessoa já teve o contato com o agente infeccioso, ela precisa que essa proteção venha de uma forma imediata. Então o soro é desenvolvido nos cavalos e ele tem a função de sanar a infecção de pessoas que não tiveram o contato ainda”, afirmou o gerente de produção Fabrício Petitto.

Cavalo usado pelo Instituto Butantan para os testes com plasma contra a Covid-19.  — Foto: Reprodução/TV Globo

Cavalo usado pelo Instituto Butantan para os testes com plasma contra a Covid-19. — Foto: Reprodução/TV Globo

Esse tipo de pesquisa já é desenvolvida no Rio de Janeiro. Em São Paulo, por enquanto, dez cavalos já foram imunizados e os resultados dos exames estão sendo analisados. Após essa fase, os testes clínicos começam em humanos.

“Ele tem um processo de desenvolvimento bem mais rápido e bem mais acelerado do que uma vacina. Então é possível também que, até o final deste ano, assim se os estudos clínicos acontecerem de forma adequada e os resultados forem em termos de eficácia e segurança, positivos. Nós podemos ter esse medicamento, esse soro, muito rapidamente”, declarou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

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