Ex-ministro de Bolsonaro diz que militares não participariam de golpe em 2022

Santos Cruz garantiu que a polícia e o Exército não participariam de um movimento golpista, mas seguiu Bolsonaro na defensa o voto impresso e cobrou da Justiça maior pressão cobra disseminadores de fake news.

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O ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, general Santos Cruz, disse que não acredita em apoio das forças policiais e dos militares em um eventual golpe de estado chefiado pelo presidente em 2022, mesmo com todos os acenos do mandatário à essa classe. As declarações foram feitas à coluna Painel da Folha de S.Paulo .

Santos Cruz defende maior atuação da Justiça para punir grupos que disseminam fake news e discurso de ódio , a fim de evitar movimentos antidemocráticos como os observados na invasão ao Capitólio dos Estados Unidos. “São profissionais, não dão suporte a aventureiros”, falou sobre os militares.

“Você tem que fazer um trabalho preventivo. O fanatismo é irracional. Para prevenir, para que isso não aconteça, a Justiça tem que atuar sempre. Discurso de ódio, fake news, assassinato de reputações e instituições. Polícia Federal, Forças Armadas e Abin têm que ser valorizadas, não podem ser colocadas sob suspeita”, diz Santos Cruz, que condenou as falas de Bolsonaro, sem provas, sobre supostas fraudes eleitorais no Brasil que podem levar à uma situação pior do que nos Estados Unidos, em 2022.

Apesar das discordências com o presidente, o ex-ministro está alinhado com Bolsonaro na defesa pelo voto impresso como forma de evitar narrativas conspiratórias de fraude:  “Você acaba com o discurso dos demagogos que ficam falando em fraude sem ter prova alguma”. “O presidente tem que atuar dentro da lei para criar o voto impresso, e não ficar com ideia subliminar para fazer bagunça”

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