Startup Cambrian Biopharma promete ‘curar a velhice’

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Só existe uma coisa que os super-ricos temem mais do que pagar impostos: envelhecer. Isso faz com que o investimentos em startups focadas em longevidade tenham se tornado cada vez mais comuns e maiores. A bola da vez é a Cambrian Biopharma, uma empresa que trata o envelhecimento como uma doença.

A mente por trás da Cambrian Biopharma é James Peyer, um pesquisador de células-tronco de 35 anos que acredita que até 2050 conseguirá fazer com que uma pessoa de 70 anos anos tenha a aparência e a saúde de alguém 20 anos mais novo.

“De nossa história de mais de 100.000 anos como espécie, faz apenas cerca de 75 anos que essas doenças do envelhecimento têm sido os principais predadores da humanidade”, declarou Peyer ao jornal britânico Times of London.

Maiores predadores da humanidade

Segundo Peyer, a startup está focando seus esforços no que chama de os maiores predadores da humanidade atualmente, que são as doenças do envelhecimento. Portanto, o foco da empresa será em como derrotar essas doenças e permitir que os humanos se tornem mais longevos.

O pesquisador de células-tronco acredita que o envelhecimento humano é uma doença como qualquer outra, que com o desenvolvimento do medicamento certo, pode ser combatida. Para provar sua teoria, ele tem estudado doenças que aceleram o envelhecimento.

O passo seguinte é estudar os medicamentos usados para conter essas doenças. Além da mente de James Peyer, a Cambrian Biopharma também conta com o dinheiro do bilionário alemão Christian Angermayer, que é um grande entusiasta de substâncias psicodélicas, como LSD e cogumelos.

Depois de iniciar empresas para vender os medicamentos descobertos contra doenças que aceleram o envelhecimento, a Cambrian pretende expandir sua pesquisa para medicamentos anti-envelhecimento. A ideia é realizar testes off-label e, posteriormente, buscar aprovação governamental para essas indicações.

Apesar de parecer uma ideia maluca, Peyer e Angermayer conseguiram um investimento de nada menos que US$ 100 milhões (cerca de R$ 570 milhões) em uma rodada de investimento em novembro. Desse valor, US$ 70 milhões (cerca de R$ 400 milhões) para estudos com a metformina.

Como o envelhecimento não é considerado uma doença, nenhum governo aprovou pesquisas com o medicamento para esse fim. Mas isso não impediu que alguns empresários do Vale do Silício começassem a tomar a metformina a fim de prevenir e retardar o envelhecimento.

Este medicamento é usado por pacientes com diabetes para controlar os níveis de açúcar no sangue. Contudo, estudos preliminares mostraram que a substância tem algumas propriedades anti-envelhecimento. Com este investimento, a Cambrian Biopharma deve fazer pesquisas adequadas com a metformina.

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