A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre uma variante híbrida das suas cepas da variante ômicron do vírus da Covid-19. Batizada de ômicron XE, a nova variante foi identificada somente no Reino Unido até o momento, mas pode ser a mais contagiosa já vista desde o início da pandemia.
Além da ômicron XE, a China também relatou duas novas subvariantes da ômicron que não correspondem a nenhuma das cepas que já foram sequenciadas anteriormente. Porém, ainda não está claro se essas infecções foram eventos isolados, com pouca relevância, ou um sinal de problemas futuros.
Perigo?
Atualmente, a China enfrenta seu maior surto de Covid-19 desde o surgimento da doença, no final de 2019, na cidade de Wuhan. De acordo com especialistas em infectologia, caso a política de Covid Zero da China não funcione, uma nova variante pode significar uma ameaça para o resto do mundo.
Por mais que a vacinação esteja avançando bastante em países de renda média e alta, a circulação do vírus e o surgimento de novas variantes, como é o caso da ômicron XE, aumentam o número de novos casos e, possivelmente, de mortes, principalmente dentro dos chamados grupos de risco.
Atualizações nas vacinas
Por conta disso, o FDA, que é o órgão equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, estuda quais doses de reforço serão necessárias e como selecionar quais cepas devem ser os alvos das atualizações dos imunizantes.
Mas vale reforçar que ainda não há razões para pânico, apenas para cautela, segundo a OMS, já que o número de infecções pelas novas variantes é muito pequeno em relação ao tamanho dos surtos que já aconteceram e que ainda estão acontecendo ao redor do mundo.
Além disso, a ômicron XE pode ser mais uma variante como a deltacron ou a lambda, que, no momento em que surgiram, chegaram a assustar, mas, no fim das contas, não avançaram ou causaram novas ondas de infecções ao redor do planeta ou sequer nos países onde surgiram.