Onda de calor na Europa não vai acabar tão cedo, dizem autoridades

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A dfuração da onda de calor que atinge a Europa preocupa os especialistas em clima. Durante uma entrevista coletiva ocorrida na última terça-feira (19), o membro da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Robert Stefanski, alertou que as altas temperaturas continuarão por mais tempo que o previsto. “Infelizmente, olhando para todos os modelos de nossos parceiros em nível nacional e regional, possivelmente [a onda de calor] não acabará até meados da próxima semana”, disse.

A organização espera que o ápice de calor ocorra ainda nesta semana, e que a onda se mova para o Leste Europeu. O Reino Unido registrou a temperatura mais alta de sua história na última terça-feira (19).

Stefanski se diz preocupado com os recordes de temperatura que estão sendo quebrados em toda a Europa. A maior inquietação é sobre o período de tempo entre esses registros, que podem ficar mais curtos. Durante a coletiva, o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, afirmou que “as ondas de calor estão se tornando mais frequentes por causa das mudanças climáticas”.

Taalas destacou os impactos que esse fenômeno meteorológico causa na saúde humana, principalmente aos grupos de risco identificados durante a pandemia de Covid-19. “As mesmas pessoas que estiveram vulneráveis ​​à pandemia de Covid-19, também estão vulneráveis ​​às ondas de calor. Portanto, esperamos ver um aumento de mortes entre os idosos e doentes”.

O anúncio ocorreu após o satélite meteorológico europeu Eumetsat registrar, na última segunda-feira (18), o céu do continente europeu totalmente livre de nuvens. Esse céu de brigadeiro, como é popularmente chamado no Brasil, é um reflexo da onda de calor que envolve o continente, elevando a temperatura a patamares recordes e provocando incêndios devastadores, que atingem centenas de quilômetros quadrados de terra.

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