A Comissão Europeia (poder Executivo da UE), o Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Fundação Bill & Melinda Gates anunciaram nesta quarta-feira (11) uma nova parceria financeira de mais de 1 bilhão de euros (R$ 5,37 bi) para erradicar a poliomielite do mundo.
Entre as ações, está prevista a vacinação de 370 milhões de crianças por ano.
“Estamos lançando uma nova parceria para superar esse último marco, de maneira que a humanidade possa varrer a poliomielite da Terra, exatamente como fizemos com a varíola nos anos 70”, declarou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.
“Graças às inovações médicas, o mundo debelou uma doença humana: a varíola. Hoje estamos a ponto de colocar fim a outra: o poliovírus selvagem. Me empenho para garantir que nenhuma criança, em nenhuma parte do mundo, tenha que enfrentar essa terrível doença”, disse Bill Gates.
O fundador da Microsoft e filantropo acrescentou: “Estou também otimista sobre o fato de que erradicaremos a poliomielite uma vez por todas e tornaremos as inovações sanitárias mais acessíveis a todos, especialmente aos dos países mais pobres”.
A iniciativa prevê um papel em parceria executiva da Organização Mundial da Saúde e do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
“Investimentos em sistemas sanitários mais fortes a nível global e na produção e administração de vacinas e remédios a nível local, onde é mais necessário. A cooperação global nos ajudou a pôr fim à pandemia de Covid-19. Agora nos ajudará a livrar o mundo da poliomielite uma vez por todas”, disse von der Leyen.
Atualmente, o poliovírus selvagem, causador da poliomielite, segue endêmico em apenas dois países, Paquistão e Afeganistão, e 80% dos casos da variante se concentram em apenas quatro regiões subnacionais.
“A erradicação da pólio está ao alcance das mãos, mas os progressos são frágeis e devemos permanecer focados. Este novo financiamento contribuirá para garantir que todas as crianças sejam vacinadas para erradicar a pólio, reforçando também os sistemas de saúde comun”tários”, disse a diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell. (ANSA).
