Jovens se conhecem no TikTok e descobrem que são irmãs gêmeas; roubadas da família

As jovens Anna e Elene se esbarraram no TikTok, viram as semelhanças e, depois de um teste de DNA, descobriram que são irmãs gêmeas.

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Essas duas jovens, que se conheceram pelo TikTok, tinham muito mais do que a aparência em comum: elas eram irmãs gêmeas e não sabiam! As duas foram roubadas da família quando nasceram.

A europeia Elene Deisadze, de 19 anos, navegava pela rede em 2022 quando se assustou e precisou olhar duas vezes. Havia uma garota muito parecida com ela, sem tirar nem pôr.

Depois de conversas, as duas se encontraram e as semelhanças começaram a aparecer. Ambas tinham sido adotadas na infância. E o teste de DNA revelou tudo: Anna Panchulidze e Elene eram irmãs e foram vítimas de um esquema de tráfico infantil quando nasceram. Elas disseram gratas pelos pais adotivos, mas agora sonham em encontrar os pais biológicos!

Elene e Anna, as jovens que se conheceram pelo TikTok, descobriram que são irmãs gêmeas e agora revisitam o passado da família. – Foto: AFP/Getty Images.

Teste de DNA

O susto quando Elene viu Anna foi grande. Tudo bem uma pessoa se parecer com você, mas ser tão semelhante assim levantou suspeitas.

No início foi engraçado e as duas começaram a conversar bastante. A dupla se tornou amiga e a primeira desconfiança foi quando ouviram o passo uma da outra.

Isso ficou na mente de Elene e Anna, que decidiram fazer um teste de DNA.

Vínculo criado

E a comprovação veio, Elena e Anna eram realmente irmãs. “Tive uma infância feliz, mas agora todo o meu passado parecia uma decepção”, disse Anna, estudante de inglês.

O vínculo entre as duas começou a crescer e agora, juntas, elas querem desvendar o passado.

“Nos tornamos amigas sem suspeita que poderíamos ser irmãs, mas ambas sentimos que havia um vínculo especial entre nós”, comentou Ele, que estuda psicologia em uma universidade.

Já para Anna, demorou para cair a ficha: “Tive dificuldade para processar as informações e aceitar a nova realidade: as pessoas que me criaram por 18 anos não são meus pais”, contou em entrevista ao Daily Mail.

A conexão entre as duas foi instantânea.

Os pais biológicos

A mãe adotiva de Elene, Lia Korkotadze, decidiu adotar a criança quando descobriu que não poderia ter filhos.

Na época, a adoção via orfanato era muito difícil e ela recorreu a hospitais.

Em 2005, um conhecido contou sobre um bebê disponível na maternidade. “Era a minha chance, nunca suspeitei que havia algo ilegal. Foram necessários meses de atrasos burocráticos para formalizar a adoção no tribunal”, contou.

Anna contou que é muito grata pelos pais adotivos:

“Não sinto raiva alguma, apenas imensa gratidão às pessoas que me criaram e alegria por encontrar minha carne e meu sangue”, explicou a jovem.

A jornalista Tamuna Museridze é administradora de um grupo no Facebook que ajuda reunir famílias e bebês roubados.

Desvendando mistério

O teste de Elene e Anna foi organizado com a ajuda da jornalista georgiana Tamuna Museridze, que administra um grupo no Facebook dedicado a reunir bebês roubados dos pais.

Entre 1950 e 2006, a Geórgia foi alvo de um grupo organizado para desviar bebês no nascimento. O complô era organizado com hospitais, orfanatos e empresários.

As mães eram informadas que as crianças haviam falecido, o que não era verdade.

Desde então, Tamuna se dedica a ajudar as famílias que foram separadas.

Segundo a profissional, mais de 800 famílias foram reunidas graças ao grupo dela no Facebook.