As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 12h15 desta quinta-feira (2), 7.022 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 252 mortes pela Covid-19.
Minas Gerais confirmou que alcançou seis mortes e 370 casos no Estado nesta manhã. A Bahia chegou a três mortes, e o Espírito Santo confirmou sua primeira morte: um paciente de 57 anos, que estava internado no hospital Jayme dos Santos Neves, em Serra.
Sergipe confirmou as duas primeiras mortes pela doença no estado: uma mulher de 61 anos que era diabética, hipertensa, com histórico de doença vascular periférica; e um homem de 60 anos, hipertenso, que havia chegado de São Paulo há 15 dias.
Hoje foram registrados novos casos também no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Pará.
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O Ministério da Saúde atualizou seus números nesta quarta-feira (1º), informando que o Brasil tem 241 mortes e 6.836 casos confirmados de coronavírus.
O avanço da doença está acelerado: foram 25 dias desde o primeiro contágio confirmado até os primeiros 1.000 casos (de 26 de fevereiro a 21 de março). Outros 2.000 casos foram confirmados em apenas seis dias (de 21 a 27 de março) e quase 4.000 casos de 27 de março a 2 de abril, quando a contagem superou os 7.000 infectados.
O Brasil tem ao menos 23,6 mil testes do novo coronavírus (Sars-CoV-2) ainda à espera do resultado. Esse número é 3,4 vezes maior que o total de casos confirmados (6,9 mil) neste balanço das secretarias de Saúde. Para especialistas ouvidos pelo G1, tal discrepância indica que pode haver muito mais gente com a doença Covid-19 no país.
O G1 procurou as Secretarias de Saúde de todos os Estados e do Distrito Federal para saber quantos testes estão na fila. Apenas dez responderam até o início desta manhã: Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Veja mais na reportagem.
Essa subnotificação de registros tem duas causas: a falta de testagem maciça no Brasil e e a demora para finalizar essas análises já iniciadas mas não concluídas.
Pesquisadores explicam que a quantidade de kits insuficiente e o gargalo na hora de analisar as amostras coletadas dificultam a realização de cálculos que mostrem o real avanço do surto no país. E fazem um alerta: como o Ministério da Saúde recomenda que sejam testados apenas pacientes graves, existe a chance de ser considerável o percentual de “positivos” nesse universo de pessoas já submetidas ao exame.
Einstein quer testar novo tratamento
O Hospital Albert Einstein espera autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para começar a fazer testes clínicos para tratamento de doentes em estado grave com plasma de pacientes que já se recuperaram do coronavírus. A pesquisa ainda não teve início e o protocolo para os testes dependem de avaliação prévia da comissão.
Nos Estados Unidos, a agência que regulamenta medicamentos, a Food and Drug Administration (FDA), autorizou o tratamento experimental contra a Covid-19 usando plasma de pacientes que já se recuperaram da doença provocada pelo novo coronavírus. Um estudo feito com cinco pacientes graves internados em um hospital da China, usando o mesmo método, já demonstrou eficiência.
Auxílio de R$ 600 a informais sancionado
O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos, nesta quarta-feira (1º), a lei que estabelece um auxílio de R$ 600 mensais, por três meses, a trabalhadores informais.
Foram vetados três itens do texto aprovado pelo Congresso Nacional, conforme orientação dos ministérios da Economia e da Cidadania. São eles:
- Ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) definida pelo Congresso no início de março. Essa ampliação, segundo o governo federal, tem impacto de R$ 20 bilhões ao ano nas contas públicas.
- Cancelamento do auxílio emergencial do beneficiário que, ao longo dos três meses, deixasse de atender aos pré-requisitos.
- Restrição ao tipo de conta bancária onde o auxílio poderia ser depositado. Pelo texto aprovado, o benefício só poderia ser pago em “conta do tipo poupança social digital, de abertura automática em nome dos beneficiários”, criada para receber recursos exclusivos de programas sociais, do PIS/Pasep e do FGTS.
Coronavírus no mundo
A Espanha já teve mais de 110 mil confirmações de infecção pelo novo coronavírus e mais de 10 mil mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Desde 14 de março, os espanhóis enfrentam estritas regras de confinamento, o que provocou uma retração da atividade econômica.
Nos EUA, o número de mortos por Covid-19 passou dos 5.000 na quarta-feira (1º), segundo contagem realizada pela Universidade Johns Hopkins.