Salas subterrâneas secretas encontradas nas ruínas de cidade perdida

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Enquanto escavam ruínas de uma antiga igreja cristã em Istambul, na Turquia, um grupo de arqueólogos desenterrou duas salas subterrâneas conectadas por um túnel que data de 1500 anos atrás. Elas foram construídas quando o local era conhecido como Constantinopla, capital do Império Bizantino, ou Império Romano do Oriente.

Mesmo que não se saiba o propósito das estruturas, acredita-se que elas faziam parte da Igreja de St. Polyeuctus, localizada acima delas, sendo provavelmente conectadas ao altar. Nas salas ainda é possível encontrar incrustações de pedras, blocos de mármore e mosaicos ornamentais.

Apesar dessas escavações terem acontecido em março de 2023, as salas subterrâneas já eram conhecidas desde a década de 1960. Devido às obras de construção de ruas elas foram descobertas e novamente enterradas, tendo suas as entradas aterradas para a estrutura ser preservada.

Desde lá, a área que fica localizada no centro de Istambul foi abandonada. Recentemente, o município iniciou um projeto de desenvolvimento das ruínas para se tornarem atração turística. Acredita-se que em breve até mesmo as salas subterrâneas e o túnel já estejam abertos para visitação.

Ruínas da Igreja

A Igreja de St. Polyeuctus foi construída entre os anos de 524 a 527 d.C, enquanto o Império Bizantino era comandado pelo Imperador Justiniano, tendo sido uma das mais bonitas e a maior de Constantinopla, até a construção da Igreja de Sta. Sofia, em 537.

No entanto, a igreja foi abandonada no século 11, quando um terremoto a danificou seriamente. Após isso, em 1204 o local foi saqueado e destruído durante a quarta cruzada, por cruzados vindos principalmente da Europa Ocidental, deixando-a em ruínas.

Diversos adornos e peças que faziam parte da igreja foram roubados e levados para locais como Barcelona e Viena, e dois pilares, conhecidos como Pilares do Acre, atualmente fazem parte da Basílica de São Marcos, em Veneza.

Devido ao túnel, as salas subterrâneas e as ruínas em geral terem sobrevivido a constantes terremotos por tanto tempo, os pesquisadores acreditam que muitos dos edifícios ortodoxos da época foram projetados para resistir a eles.