Por que o vídeo polêmico de MC Gui na Disney é, sim, um problema

Depois de expor uma menina nos stories do Instagram, o funkeiro se justificou: 'A internet tá muito chata'. Não colou

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O fã-clube do funkeiro paulistano MC Gui não se abalou com o fim da exibição de ‘curtidas’ no Instagram: são 7,7 milhões de seguidores na rede social. Os stories do cantor bombam feito hit de verão. Eles são reproduzidos no Twitter e arquivados em perfis do YouTube. Parecem instantâneos, bobinhos, mas só parecem. Aqueles que caem na telinha das celebridades ganham mais que que cinco segundos de fama – e eles podem se tornar terrivelmente constrangedores.

Há poucos dias, o cantor Saulo Poncio exibiu a babá para uma multidão. Ela havia cometido o pecado bárbaro de rasgar o lacre de um tênis caríssimo. A reação nas redes sociais foi feroz. Com MC Gui, também houve gritaria. No caso, ele publicou um vídeo em que zomba de uma menina americana, na Disney. Depois de dar um close na garotinha, que olha timidamente para a câmera, o rapaz ri e faz piadas com os amiguinhos. “Parece filme de terror”, comenta um deles. No tribunal das redes, a acusação chegou vapt-vupt: bullying virtual.

Exageros à parte – há sempre excessos nas reações explosivas da plateia das timelines -, o alerta veio a calhar: celebridades são, sim, responsáveis pelo conteúdo que divulgam na internet, principalmente quando têm o controle de vitrines superpopulares. O próprio Gui parece ter percebido o estrago (que pode afetar contas na publicidade e nos palcos) e, depois de ter apagado os stories, tentou justificar em vídeos as gravações feitas na Disney.

“Disseram que eu estava fazendo bullying. Eu assisto muitos filmes no Brasil que, quando chego nos Estados Unidos, vejo pessoas muito iguais aos personagens. E, agora no trem, postei uma menina que parecia a personagem da Boo (do desenho Monstros S.A.). Eu dei risada porque achei um pouco impressionante. A internet tá muito chata”, disse. “Eu não fiz bullying com a menina. A gente fez uma brincadeira ali. A internet tá muito chata. Eu tô na Disney, eu tô de férias. Infelizmente essa é a internet que a gente tá usando hoje. Estamos no mês de Halloween nos Estados Unidos e muita gente se veste para botar medo em alguém”.

Colou? Claro que não. Tanto que, pouco depois, Gui gravou um novo vídeo sobre o caso. Ele se explicou novamente. Pediu desculpas. Mas ficou feio porque o vídeo pode ser encontrado no YouTube e a zombaria seguirá registrada para quem quiser clicar, curtir e compartilhar, sabe-se lá até quando. A lição da vez é velha, mas ainda útil: numa rede que parece muito íntima, vídeos de ‘brincadeirinhas’ podem se tornar públicos – e, por isso, perigosos.

O caso repercutiu nas redes sociais e rendeu ao menos uma consequência positiva: uma campanha para que a menina ganhe um ‘dia de princesa’ na Disney. Confira:

Veja a resposta do funkeiro:

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